Formação

3. Sinais e Cores

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Escrito por Ana Brásio


A cor utiliza-se cada vez mais na sinalização de segurança por ser um sistema rápido de identificação de riscos.

Os recipientes que contenham matérias perigosas possuem marcas específicas ou cores que dão algumas indicações do risco e do seu conteúdo.

Entre uma ampla gama de cores naturais existentes , foram seleccionadas e normalizadas aquelas que, por si só ou acompanhadas de símbolos, fixam tanto os risco como os níveis dos mesmo e, em muitos casos, servem para orientar os bombeiros sobre os procedimentos a seguir.

A) Tubagens industriais e cores de identificação

Em emergências com tubagens industriais, especialmente instalações químicas, primeiramente o que há a fazer é identificar o tipo de fluido existente na tubagem. Pela cor será fácil a identificação do produto ou produtos afectados e o pessoal poderá actuar com maior precisão.

As cores normalizadas aplicam-se não só em tubagens mas também em bandas de 20 a 25 cm de largura junto de válvulas, bombas e em troços sucessivos a todo o seu comprimento. É norma também gravar a negro o nome do produto e fixá-lo em locais visíveis.



A normativa recomenda empregar pigmentos resistentes para que os ácidos e outros fluido que circulem pelas tubagens não alterem ou deteriorem as cores de identificação.

B) Sinalização dos gases industriais pela cor

É imprescindível que os bombeiros conheçam a sinalização dos gases industriais contidos em garrafas. Desta forma, e perante qualquer emergência, será fácil identificar à distância e com uma maior rapidez qualquer gás e actuar correctamente em cada caso.

Os gases contidos em garrafas identificam-se segundo a cor do corpo da garrafa ou da ogiva:

- A cor do corpo da garrafa identifica o grupo a que corresponde o gás contido. Exemplo: corpo vermelho = gás inflamável;

- As cores da ogiva permitem conhecer o gás contido em função da cor do corpo da garrafa. Exemplo: corpo vermelho gás inflamável e ogiva castanha = acetileno.



Em misturas de gases industriais, os corpos das garrafas são pintados com a cor correspondente ao gás de maior percentagem e as ogivas são pintadas com listas nas cores dos gases componentes. As misturas de gases utilizados para fins específicos (misturas de calibração) levam no corpo e na ogiva a cor cinzento prateado.

C) Identificação das garrafas segundo a norma europeia EN 1089-3:1997

Segundo esta norma, todas as garrafas contendo misturas industriais terão uma ogiva monocolor. As ogivas das garrafas, pintadas de acordo com esta norma, terão uma letra N em cada lado da ogiva. A cor do corpo das garrafas é definida pelo fornecedor, não podendo ser branca para um gás industrial.
Atenção que esta norma não se aplica a gases de petróleo liquefeito nem a extintores.

Por exemplo: para gases inertes, tem-se uma garrafa com a sua ogiva verde clara; para gases oxidantes/comburentes, a ogiva é azul; para gases inflamáveis, a ogiva é vermelha e, para gases tóxicos e corrosivos, a ogiva é amarela.

D) Etiquetas das garrafas (instruções)

A etiqueta contém todas as informações obrigatórias sobre o gás contido na garrafa.

OS textos e símbolos da etiqueta estão de acordo com a legislação aplicada. A concepção da etiqueta é da responsabilidade do fornecedor do produto. Mediante a aplicação da norma EN 1089-3:1997, a etiqueta funcionará como o principal meio de identificação do conteúdo das garrafas.

ATENÇÃO: Para situações não previstas no quadro de identificação e/ou ausência de etiqueta é necessário contactar o fornecedor do gás.

(Para completar o estudo deste método aconselha-se a ler as páginas 54 a 57 do Manual de Matérias Perigosas.)

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